Video Traspasar las Puertas de Cristal del Museo
Ana Vivaldi e Identidad Marrón
As seguintes apresentações tratam das rupturas geradas pelos corpos marrón em um espaço branco-europeu, de língua espanhola: um museu universitário. Os corpos marrón que se encontram dentro da sala intervêm no mundo da arte, enfatizando que o racismo estrutural se expressa como política cultural e educacional, materializando-se no sentido estético que orienta a "distribuição do sensível". É fundamentalmente uma estrutura do sensível, da admiração e da apreciação, tensionada pelos corpos marrones.
![Rebe Lopez reads Conflicto y armonías de las razas en América](https://www.digitalexhibitions.manchester.ac.uk/files/asset/618de5177835958354af3b5e419ae8fde850a705.jpg)
Nestes vídeos, recriamos e ampliamos duas das performances escritas por David Gudiño e interpretadas por ele e por Daniela Ruiz. Para os vídeos, foi acrescentada uma nova peça escrita por Alejandro Mamani e interpretada por Rebe Lopez, na qual se apresenta uma pergunta como continuação das performances: as sementes? Quem são es filhes dos habitantes do continente americano? Onde estão? O que fazem? Como caminham e trabalham e, sobretudo, como sobreviveram? Onde germinaram essas sementes?
![Daniela Ruiz standing next to a statue during the shooting of La reina no querida](https://www.digitalexhibitions.manchester.ac.uk/files/asset/3cc0cf6ab5fdfd39e13bc9288cf56a81b4f0c9ca.jpg)
As disrupções geradas por essas três performances não são análogas. Elas são uma crítica direta ao patrimônio artístico ocidental. A primeira, La reina no querida, de David Angel Gudiño, foi interpretada por Daniela Ruiz. Ela critica o colonialismo que predomina na arte branca europeia, latino-americana e argentina. A segunda, Marrón, escrita e interpretada por David Gudiño, reflete a violência atual contra os corpos marrones. A última cena, Racismo en español, confronta as concepções de beleza que circulam na branquitude, os limites do antirracismo performativo de classe média e o desconforto gerado por uma pessoa marrón que tem o mesmo capital cultural que os intelectuais brancos argentinos.
![David Angel Gudiño sat at a table during the shooting of Marrón.](https://www.digitalexhibitions.manchester.ac.uk/files/asset/1b789e5b8d2d5d0aac202b6953850e2c74ce6394.jpg)
As cenas fazem frente à ideia de ser uma "cópia", pois nós, do Identidad Marrón, somos sujeitos políticos, pensantes, desejáveis e, acima de tudo, combativos e lúdicos. Personificamos a frustração dos brancos de pensar a nação argentina como uma cópia defeituosa ou um clone mal feito da Europa. É importante notar que todos os atores, Euge, Daniela, David e Rebe, experimentaram o racismo na audição de papéis para o teatro e a televisão.
Ref.