Sección 2 - fantasía

Flora Alvarado and Abril Carissimo, edited by Ana Vivaldi

O que significa ser capaz de imaginar outros mundos possíveis? Outras possibilidades de existência?

Para as pessoas racializadas, ocupar certos espaços, certos empregos e falar de certas temáticas pode inicialmente parecer uma fantasia. O papel pedagógico e o ato de pedir permissão limitam fortemente o processo de criação. Ainda assim, a arte racializada também desenvolveu suas ferramentas para enfrentar um mundo artístico que sempre a definiu como uma alteridade. A criação de novos mundos permite existir por um tempo além das noções eurocêntricas padronizadas. Por meio da fantasia, é possível encontrar a alternativa aos cenários ficcionais de um exterior, a ficção que mantém as hierarquias e os estereótipos racistas da vida cotidiana. Ser um artista marrón não deve significar viver limitado e estigmatizado: as pessoas racializadas não devem ser apenas propagandistas solenes e exóticos.

Estas obras têm em comum a criação destes novos mundos, a possibilidade de afastamento da necessidade de justificar a sua existência. São produções feitas a partir da fantasia marrón, tornando o imaginário real e tangível.
 

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