Livro do Identidad Marrón
Ana Vivaldi e Identidad Marrón
Este livro é fruto do trabalho que o coletivo Identidad Marrón (IM) vem realizando desde 2019 por meio de oficinas, instituições culturais, artigos jornalísticos e conversas. Nessas intervenções, refletimos sobre três eixos principais: a) o apagamento de produções culturais marronas devido a exclusões raciais e de classe, b) as práticas de representação de corpos marrones, muitas vezes mediadas por perspectivas brancas, c) a autorrepresentação como alternativa antirracista e caminho para produzir novas formas de beleza marronas e dissidentes.
O trabalho ganhou uma intensidade específica no ano de 2020, no qual ressurgiram discussões sobre o racismo na Argentina, um debate que se sustenta nas lutas históricas das comunidades afro e indígena e vai além das políticas de reconhecimento de identidade.
Este livro é também o resultado da cooperação estabelecida entre o IM e o projeto de pesquisa Culturas do Antirracismo na América Latina (CARLA), coordenado pela Universidade de Manchester em colaboração com a Universidade Nacional de San Martín (UNSAM) e a Universidade de Buenos Aires (UBA). O livro é uma produção coletiva, compilada e editada por Florencia Alvarado, América Canela e Alejandro Mamani, com o apoio editorial de Pablo Cossio e Ana Vivaldi. O livro é simultaneamente uma memória do ativismo e da militância associada a territórios e vetores que se conectam.
Seleção e compilação por Pablo Cossio e Ana Vivaldi
Este livro é também um objeto que combina textos com ilustrações, colagens e memes criados pelo coletivo. Inclui ainda fotos do arquivo do coletivo e imagens destinadas à crítica e construção antirracista. Tais imagens são parte de um trabalho deliberado de curadoria da América Canela e Flora Alvarado. Este objeto-livro foi projetado por Ñeko Leguizamón, artista, professor e pesquisador que faz parte do coletivo. O livro é fundamentalmente uma ferramenta com propostas de trabalho e um convite para ocupar instituições culturais e outros espaços.